Você sabe como funcionam os planos de previdência privada?
Como o próprio nome indica, a previdência privada inclui todos os planos de aposentadoria que não estão ligados ao INSS, que administra a Previdência Social.
Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso escolher entre a previdência privada ou INSS.
As modalidades são complementares e podem ser adotadas ao mesmo tempo.
Mas é fato que a previdência privada inspira muitas dúvidas entre os investidores. PGBL ou VGBL? Quais são as vantagens? Como funciona a tributação?
Neste artigo, vamos explicar como funciona a previdência privada e mostrar os fatores que você deve avaliar quando estiver considerando este tipo de investimento.
Vamos juntos descomplicar a previdência privada? Nossa missão com este guia é tirar todas as suas dúvidas nas próximas linhas.
Boa leitura!
O que é previdência privada?
Os fundos de previdência privada são um tipo de investimento de longo prazo, geralmente planejado para render por décadas antes do resgate. A previdência privada é muito popular no Brasil entre pessoas que desejam complementar a renda após a aposentadoria.
Enquanto a previdência pública é obrigatória e tem alíquotas reguladas por lei, a previdência privada dá ao investidor a liberdade de contribuir quando e com quanto quiser.
Assim como outros fundos de investimento, a previdência privada é administrada por gestores que aplicam os recursos em ativos como títulos de renda fixa e ações.
Como a previdência privada é considerada um investimento seguro e mais conservador, estes fundos costumam aplicar majoritariamente na renda fixa de curto prazo, considerados os investimentos mais seguros à disposição.
Mas, por ser um veículo de investimento de longo prazo, também é possível encontrar fundos de previdência mais arrojados, com parcela relevante em renda variável.
Todos os fundos brasileiros de previdência privada estão sujeitos à fiscalização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), do Ministério da Economia.
Como funciona a previdência privada?
A ideia da previdência privada é que o investidor contribua com uma quantia periódica ao longo da vida para depois resgatar o valor acumulado e os rendimentos.
Essa contribuição é calculada através dos chamados planos de previdência privada, que estimam quanto e por quanto tempo o investidor deve pagar para receber o valor desejado.
No momento do resgate, o beneficiado pode escolher entre receber todo o montante de uma só vez, ou convertê-lo em uma renda mensal por um tempo determinado.
A pessoa que contrata o plano também pode escolher repassar o valor à família em caso de morte, ou receber o dinheiro se estiver impossibilitado de trabalhar por invalidez.
Ainda é possível cancelar o plano antes da data prevista e retirar o valor proporcional, mas esta opção costuma cobrar taxas adicionais e impor um prazo de carência até o pagamento.
Vale lembrar que existem algumas diferenças entre os planos de previdência privada em relação à tributação de Imposto de Renda. Falaremos sobre isso em detalhes adiante.
Diferenças entre previdência privada e INSS
A principal diferença entre a previdência pública e a privada é a seguinte: pelo INSS, a contribuição mensal é obrigatória e proporcional à renda e ao regime de trabalho.
Já a previdência privada é uma forma livre de investimento, em que o contratante pode avaliar diferentes planos e escolher quanto deseja aplicar de cada vez.
Além disso, a previdência pública exige contribuições mensais, enquanto a privada permite que o investidor escolha pagar uma vez por ano, por exemplo.
Outro ponto é que a previdência pública é cobrada enquanto a pessoa estiver trabalhando e recebendo renda, e essa cobrança dura até que ela decida — e possa — se aposentar pelo INSS.
A previdência privada, por sua vez, é inteiramente opcional e não tem data mandatória de início ou fim da contribuição. Você paga enquanto durar o plano escolhido.
Ou seja: é possível contratar previdência privada para uma criança de 5 anos ou para um adulto de 50, e também pedir o resgate se estiver insatisfeito ou precisar do dinheiro.
A previdência pública também tem pré-requisitos de idade e tempo de serviço para começar a pagar o benefício, algo que não existe na modalidade privada.
Por fim, vale lembrar que a aposentadoria pelo INSS é garantida por lei e precisa ser paga pelo governo a quem cumpre os requisitos.
Por outro lado, as instituições de previdência privada estão expostas a riscos de mercado e podem dar “calote” nos investidores se quebrarem.