As dificuldades de planejamento financeiro e as superstições em torno do óbito criaram a ideia equivocada de que esse produto não era tão importante ou, pior, que traria mau agouro.
Felizmente, nos dias atuais, o maior acesso à informação e o aumento do grau de educação financeira nacional resultaram em uma recente disparada na procura por seguro de vida no Brasil. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), em 2017, o aumento percentual do prêmio desse seguro (em relação ao ano anterior) ultrapassou pela primeira vez o seguro auto: foram 10,8% contra 6,7% no ano.
Quando perguntamos o que é seguro de vida, compreendemos que não é um investimento, mas sim de uma proteção social básica e indispensável a qualquer núcleo familiar. Estamos falando de um produto que vai muito além da cobertura contra morte. Ok. Mas o que é seguro de vida, afinal? É uma garantia oferecida pelas seguradoras em que, mediante pagamentos mensais (que chamamos de “prêmios”), uma pessoa pode contratar uma indenização financeira que será paga aos beneficiários em caso de sua morte, ou a ele mesmo em diversas situações previstas em contrato — que vão de doenças graves até o reembolso de despesas hospitalares.
O seguro de vida prevê pagamento do capital segurado aos beneficiários em caso de morte do contratante. Mas as coberturas comuns nesse tipo de apólice vão muito além disso. Elas costumam prever indenização em situação de:
• morte (seja natural ou por acidente);
• invalidez (funcional ou laborativa, total ou parcial por acidente ou por doença);
• Despesas Médicas, Hospitalares e Odontológicas (DMHO);
• Diárias de Incapacidade Temporária (DIT);
• Diárias por Internação Hospitalar (DIH);
• auxílio ou assistência-funeral (SAF);
• doenças graves (como câncer, infarto agudo do miocárdio, AVC e cirurgia de revascularização do miocárdio mediante fixação de ponte vascular).
Esse seguro ainda pode ser combinado com amparos complementares de outros produtos, como cobertura de despesas educacionais, quitação de dívidas, seguro de viagem e seguro-habitacional. Perceba que se trata de um mix de proteções que vai além da indenização à família.
Hoje em dia, existe inclusive o seguro de vida resgatável. Ele faz parte de um planejamento financeiro e garante o resgate após determinado período de carência (com juros e correções).
Seguro de vida, mais do que precaução: uma questão de responsabilidade
Segundo a SUSEP, quando perguntamos o que é seguro de vida, é preciso entender que ele faz parte de um conjunto de seguros de pessoas. Ele é criado no intuito de garantir o pagamento de uma indenização ao segurado e aos seus beneficiários, de acordo com as condições contratuais e as garantias contratadas. Por isso, antes de contratar o capital segurado, é preciso pensar em alguns aspectos. Quem teria a responsabilidade de arcar com gastos funerários ou hospitalares no caso de uma fatalidade, por exemplo? Algum dependente teria condições de assumir esses custos? Além disso, quanto seria preciso para pagar a escola particular de seus filhos em um período de 5 anos? É preciso levar em conta o que você deseja para seus dependentes em termos de padrão de vida. Agora que você já sabe o que é seguro de vida, lembre-se que ele não é um produto pré-formatado para todos os públicos. Cada contratante tem necessidades diferentes e, dessa forma, a apólice deve ser moldada ao seu perfil.